E aí, pessoal!
Antes de tudo, feliz Dia Internacional do Homem (19/11) para você que teve a sorte de nascer macho! E, agora, deixa eu me apresentar. Eu me chamo Fábio, brasileiro nascido e criado, um homem que, nos últimos anos, tem se interessado cada vez mais por temas centrados em masculinidade e, em especial, no seu aspecto mais profundo e sublime: o amor masculino. Ou, como o visionário poeta do amor dos camaradas Walt Whitman preferia chamar, amor másculo.
Sim, você leu direito. Amor masculino, amor másculo. Ou amor macho, que é como está no endereço deste blog. E não, isso não tem nada a ver com "gays". "Gays" são uma minoria; nós somos a maioria dos homens em todo o mundo. Eu explico.
Por exemplo, nos EUA, enquanto somente 3,6% dos homens se identificam como "gays" ou "bissexuais", as mesmas pesquisas demonstram que 8,2% praticam sexo com outros homens e 11% relatam sentir atração pelo mesmo sexo.Já no Brasil, pesquisas de 1998 revelaram que 70% afirmavam não sentir atração pelo mesmo sexo (dos outros 30%, metade [15%] são os que afirmam sentir e a outra metade evitou responder [o que, obviamente, é uma afirmação per si]). Quanto à prática de sexo com pessoas do mesmo sexo, assim como nos EUA, os números são um pouco menores: 9% afirmaram praticar e 16% não quiseram responder, somando 25% da população brasileira em geral (ou seja, 1 em cada 4 homens brasileiros). Em 2013, o Ibope revelou que 16% dos homens brasileiros se identificavam como "gays" ou "bissexuais", o que ainda permanecia muito abaixo dos 30% dos "não-héteros" revelados na pesquisa de 1998, número que deve ter aumentado de lá para cá, mas ainda preciso me aprofundar em pesquisas mais recentes antes de poder trazer esses dados para vocês.
Dos homens da cidade do Rio de Janeiro, 19,3% se identificam como "gays" ou "bissexuais".
Globalmente, em 2021, a Ipsos entrevistou pessoas em 27 países de todos os continentes sobre sua "orientação sexual". Nesta pesquisa, 80% das pessoas em todo o mundo se identificaram como "heterossexuais", 3% como "homossexuais", 4% como "bissexuais" e 1% como "pansexuais", "assexuais" e outros. Até onde eu sei, não foi informada pesquisa sobre atração sexual (que mostra números muito maiores quando se trata de atração pelo mesmo sexo), somente identidade sexual (que é como a pessoa se identifica).
Em todas as pesquisas, reportou-se que os homens sentem mais atração e se envolvem mais em relações do mesmo sexo do que as mulheres.
Mas, afinal de contas, o que tudo isso quer dizer?
Atualização em 12/03/2024: Por mais que eu quisesse que isso tenha sido verdade, acabo de descobrir que essa notícia é mentirosa |
Mas lembra o que eu falei mais acima: "nós somos a maioria dos homens em todo o mundo"? Mas como isso é possível, se as pesquisas que trouxe aqui falam de no máximo 11% nos EUA e 16% no Brasil (não considerando os que preferiram se calar)?
Bom, como toda pesquisa que depende de autodeclaração, tem-se que compreender que os números geralmente são subdimensionados especialmente quando se trata de temas que a sociedade, de um modo geral, tem dificuldade em aceitar, como o amor/desejo/atração/sexo entre homens, mesmo em países modernos e democráticos como os EUA, o Brasil ou até mesmo países europeus. Isso explica também o efeito oposto, como, por exemplo, o fato de muitos desses caras que transam com caras continuarem se identificando como "héteros", e há muitos desdobramentos aqui que precisam ser expostos, mas eles ficarão para futuros artigos que pretendo escrever, ou traduzir, e publicar aqui no blog. Mas me deixem concluir esse raciocínio de que nós, homens que amam homens, exclusivamente ou não, somos a maioria da população masculina do mundo.
Rótulos sexuais estão na sua cabeça, não na vida realDe um modo geral, as pesquisas apontam que a quantidade de pessoas que se atraem pelo mesmo sexo ou que praticam sexo com outros do mesmo sexo é de 2 a 3 vezes maior do que aquelas que se identificam como "gays" ou "bissexuais". Se considerarmos os 16% dos homens se identificam como "gays" ou "bissexuais" no Brasil, o percentual de HAH (homens que amam homens em geral, não só "gays" e "bissexuais") pode chegar a cerca de metade da população masculina brasileira. E se formos considerar apenas a cidade do Rio de Janeiro, onde 19,3% dos homens se identificam como "gays" ou "bissexuais", a população HAH deve chegar a cerca de 60% da população masculina em geral. Ou seja, pelo menos metade dos homens que você conhece sentem atração por outros homens, e talvez alguns deles sintam atração por você e você nem faz ideia — porque o mundo nos ensinou a esconder essa parte tão importante e essencial de nossa natureza, julgando-a de errada a pecaminosa, criminosa até. Isso tem que mudar. A Natureza nunca está errada.
Números como esses são usados como combustível para a filosofia de inúmeros movimentos internacionais sobre relacionamentos amorosos e/ou sexuais entre homens que valorizam a masculinidade, sendo os mais notórios o Movimento G0y, a Aliança Homem-A-Homem (Man2Man Alliance), o Movimento Andrófilo e o fenômeno da "broderagem" no Brasil e equivalentes em outros países ocidentais como EUA e países da Europa, como o bromance e as fraternidades, entre outros — filosofia que eu quero ajudar a popularizar mais aqui no Brasil e no mundo de língua portuguesa através deste blog.O amor masculino é a força mais poderosa deste mundo, e a intimidade entre homens alimenta e reforça a masculinidade mútua uns nos outros.
Com o tempo, como já disse, irei publicando artigos referentes a tudo o que foi dito acima e além, com temas orbitando questões de masculinidade, amor e sexo entre homens, saúde do homem, laços masculinos, a problemática sobre o uso de rótulos de "orientação sexual" (notou como eu usei aspas em todos eles, incluindo "héteros"?), o mal que tanto a heteronormatividade quanto a "comunidade LGBT" representam para os homens, a questão da andro-homofobia (a homofobia direcionada contra homens, o que, segundo diversas pesquisas, revela atração pelo mesmo sexo também em homofóbicos), e muito mais.
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Para finalizar esta apresentação, deixo com vocês o pensamento de Platão que, em seu Simpósio (ou O Banquete), diz através de Aristófanes que os homens que amam homens são os mais bravos, másculos e corajosos (tudo o que um "gay" não é [a maioria dos "gays" de hoje em dia, que rejeitam a masculinidade e abraçam a afeminação, seriam considerados membros do "terceiro gênero", nem homem e nem mulher, no passado e mesmo atualmente]). A própria História da humanidade (ou poderíamos dizer "homenidade"?) prova que somos os mais bravos, másculos e corajosos, sendo uma coleção de conquistas quase todas realizadas por homens, e a maioria das mais esplêndidas são creditadas a homens que amam homens — os machos.
Um abraço.
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